segunda-feira, 27 de julho de 2009

Pecuária Sustentável - Uma consciência ambiental

A carne orgânica é obtida de animais que, desde o seu nascimento recebem alimento e tratamento natural, ou seja, rações com matéria-prima, se adoecerem são permitidos apenas medicamento fitoterápico e homeopático, com exceção das vacinas que são obrigatórias como a da aftosa, por exemplo. Esses animais precisam estar livres de antibióticos ou hormônios de crescimento. Além disso, a produção deve ter uma filosofia ambiental holística, que se preocupe com os aspectos sociais e ambientais envolvidos.
Em Tangará da Serra (MT) o pecuarista Alexandre Borges Oliveira, da fazenda Vale Formoso, juntamente com o pesquisador Flávio Dutra de Resende Signoretti Dias, descrevem sobre o sistema de pecuária sustentável em relação à saúde do animal. Eles fazem as vacinas obrigatórias e o controle das doenças é tratado por homeopatia (sistema terapêutico em que se tratam doenças) e alopatia (sistema terapêutico que trata as doenças por meios contrários a elas). No controle de endo/ectoparasitos, por exemplo, o pecuarista utiliza o NEEM, uma planta indiana que funciona como vermífugo natural, que a partir dela, é produzida uma massa, resultado da trituração das sementes da planta, que é conhecida também como Torta de Neem, misturada junto com o sal mineral.
O consumo de produtos orgânicos tem crescido consideravelmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil, a demanda por orgânicos tem crescido 10% ao ano e mundialmente o crescimento está entre 20 e 30%. As grandes cadeias de supermercados, no Brasil, verificaram crescimento da ordem de 50% no mercado de produtos orgânicos. Os preços destes produtos a cada dia são mais valorizados, pois estas mesmas redes avaliaram que existe uma defasagem de 30 a 40% entre a oferta e a demanda.

As carnes com certificação orgânica oferecem vantagens nutricionais, sabe-se que quando os animais são criados livres com dieta natural, alguns componentes nutricionais são alterados. A nutricionista Elaine de Azevedo, professora da Universidade Sul de Santa Catarina e autora do livro Alimentos Orgânicos da Editora Unicsul, acompanhou uma pesquisa feita pela Universidade Metropolitana de Londres, que no caso dos frangos orgânicos, mostra que eles contêm 25% menos gorduras saturadas do que aves convencionais e uma concentração 38% maior de Ômega-3, uma das chamadas gorduras do bem. Nos ovos há uma concentração maior de vitamina A e de cálcio e o agrônomo Moacir Roberto Darolt, do (IBD), ressalta que as aves das granjas de manejo convencional passam a vida confinadas em minúsculos espaços, as orgânicas ficam ao ar livre durante o dia, ciscando atrás de insetos e minhocas. Segundo esses especialistas, as condições mais adequadas se refletem na qualidade nutricional da carne.

No Brasil, dada a sua grande extensão territorial, diversidade de pastagens e criação de animais adaptados tem grande potencial para atender as exigências dos organismos internacionais e torna-se o maior produtor e exportador de carne orgânica do mundo, podendo então, aplicar o sistema de produção orgânica em larga escala. Exemplo disso, duas entidades reúnem produtores de carne orgânica – no Mato Grosso, a Associação Brasileira de Produtores de Animais Orgânicos (Aspranor), e no Mato Grosso do Sul a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO). O grupo fechou parceria com a empresa JBS-Friboi, a qual produz a linha “Organic Beef”. Com um mercado disposto a comprar um produto diferenciado a produção ficou mais respaldada. Afirma Henrique Balbino, presidente da Aspranor.

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Links referenciais:


http://74.125.47.132/search?q=cache:OjcsrCz3BxQJ:www.bovinos.ufc.br/organico.doc+carne+orgânica+produção+em+escala+industrial&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=b

http://oglobo.globo.com/saude/vivermelhor/mat/2007/04/09/295279970.asp


http://www.sic.org.br/organico.asp

http://www.revistarural.com.br/Edicoes/2008/Artigos/rev127_boi.htm


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